COM “P” DE POSSO PERGUNTAR?

 

 

Tenho sido empresário por quase toda a minha vida de labuta. Nesse tempo, tenho procurado ser um profissional com “P” maiúsculo de Publicitário. É assim que sempre, orgulhosamente,  preencho o item “profissão” nos formulários do dia-a-dia de nossas vidas.

 

Hoje comecei o dia lendo o editorial do Pyr Marcondes, que atribui, com propriedade, um “p” de pequenez, ao nosso “criativo” jeito de competir em Cannes e estou me sentindo “p” da vida. E me perguntando que “p” de vantagem existe em competir com peças de mídia impressa e eletrônica que nunca foram veiculadas? E querendo perguntar aos “p” dos patrões, os clientes  que pagam a conta, o que eles “p” de pensam disso? Mas não posso esquecer que alguns deles, graças a seus frágeis critérios de seleção de agências, não só incentivam como aprovam tais práticas.

 

Eu não sei que tipos de pressão são capazes de fazer com que estrelas da nossa publicidade optem por um caminho onde ética e caráter ficam tão questionáveis. Mas a raiva que estou sentindo só me deixa uma “p” de pergunta: é essa a nossa mensagem?