O ARCO ÍRIS DE FEYNMAN

Leonard Mlodinow

Feynman´s Rainbow – Ed. Sextante – 2003

No Brasil em 2005

 

 

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Tinha certeza de que meu trabalho anterior não passara de um golpe de sorte e que nunca mais voltaria a descobrir nada importante. De repente, compreendi por que o Caltech apresentava uma das mais altas taxas de suicídio entre as universidades de todo o país.

 

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As pessoas menosprezavam a universidade por causa dos salários relativamente baixos. Mas eu estava cansado de ver muitos “adultos” trabalharem horas a fio numa atividade da qual não gostavam só para acumularem coisas das quais eles apenas imaginavam precisar; enbtão, décadas depois, lamentavam todos aqueles anos “desperdiçados”.

 

 

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Nocaso de articulas mais exóticas [como o quark] (...) inferimos sua existência a partir de sinais estatísticos em gráficos com informacoes sobre a distribuição de outras partículas.

 

Uma corrente filosófica chamada positivismo evita essas questões ao sustentar que somente o que percebemos de forma direta pode ser aceito como realidade.

 

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Muitas descobertas são assim, significam novas maneiras de olharmos para velhas coisas ou velhos conceitos. Mas as matérias-primas dessas descobertas estavam lá o tempo todo. E é por isso que as descobertas podem parecer surpreendentes no momento em que são feitas, mas são simples e óbvias aos olhos das gerações seguintes. Então acho que aprendi alguma coisa sobre a psicologia das descobertas. Algo que eu talvez possa pôr em prática um dia.

 

- Pois o que eu aprendi com sua histópria foi que, se um macaco pode fazer uma descoberta, você também pode.

 

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Todas as pessoas partem de determinadas coisas da vida normal para chegar a certas conclusões sobre o mundo.

 

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Na verdade, fazemos simplesmente algo comum e normal, porém com uma intensidade muito maior!. As pessoas têm imaginação, só não a usam como poderiam. Criatividade é uma coisa que todo mundo posssui, porém os cienteistas a utilizam mais. O que não é comum é fazer isso com tanta intensidade, de modo que toda essa experiência seja acumulada ao longo de anos sobre um único assunto.

 

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[O que as pessoas não sabem é da] insegurança que eles sentem, dos pontos de partida que não levaram a lugar nenhuym, da sua confusão, dos dias em que ficaram de cama.

 

Quem está indo em direção certa...? Quem estaria rumando para um beco sem saída e quem estaria indo ao encontro do sucesso? Quem teria seu trabalho esuecido e quem teria sua obra lembrada para sempre?

 

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Se pudéssemos separa dois quarks a um distância de cerca de dois ceentímetros (o que não se consegue fazer), eles seriam submetidos a uma atração inimaginável; pois quarks dentro de um próton mal afetam um ao outro e se comportam como se fossem livres.

 

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Tenho experimentado um método, depois outro. Talvez seja isto que eu faça: texto diferentes tipos de coisas o máximo possível e, se elas não dão resultado, passo adiante para experimentar outra maneira.

 

Um átomo de hidrogênio, por exemplo, consite em um eletron descrevendo uma órbita em torno de um único próton.

 

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Há 4 forças conhecidas na natureza – o eletromagnetismo, a gravidade, a força forte e a sua parceira subnuclear, a força fraca. Os físicos dispõem de uma teoria que especifica as interações que cada uma delas cauxa: a teoria eletrofraca, uma generalização da eletrodinâmica quântica, descreve tanto o eletromagnetismo quanto a força fraca; a relatividade geral, que não é uma teoria quântica, descreve a gravidade; e a cromodinamica quântica descreve a força forte. A crençca de que todos os fenômenos naturais podem ser explicados pela lei física fundamental é ahmada de reducionismo.

 

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Considerando o fato do quanto as 4 forças são diferentes entre si, uma única teoria capaz de descrever todas elas talvez pareça um meta ambiciosa demais. A força eletromagnética, por exemp0lo, pode atrair ou repelir, mas a força gravitacional sempre atrai. A força forte fica mais fraca em distancias curtas, enquanto a gravitacional e a eletromagnética se tornam mais fortes. Cada uma desla também dispõe de um alcance de intensidade quase inimaginável: a força forte é cerca de 100 vezes mais forte do que a força eletromagnética, que por sua vez é 1.000 vezes mais forte do que a força gravitacional.

 

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A força forte é responsável pela energia atômica. Foi o poder dessa força, liberada do núcleo que corresponde a menos de dez gramas de urânio, que destruiu a cidade de Hiroshima.

 

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Em 1865, um físico escocês com pouco mais de um metro e meio, chamado James Clerk Maxwell, lançou mão dessa miscelânea de leis para chegar a um notável conjunto de equações. Em poucas linhas elas mostravam ao mundo como as forças elétrica e magnética surgiam de cargas e correntes elétricas e, mais importante, que se originavam uma da outra. Maxwell havia, portanto, formulado uma teoria unificada de duas das três forças – eletricidade e magnetismo – ou, como a chamamos hoje, eletromagnetismo.

 

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Na teoria das cordas há uma e somente uma teoria que abrange todas as forças, bem como uma e somente uma partícula fundamental: a corda. Suas propriedades dependeriam do estado de vibração em que ela se encontra, da mesma forma como o modo de vibração determina o ssom criado por uma corda de violino. Só que nesse caso, diferentes estados de vibração se manifestariam como diferentes partiículas, e não como sons diferentes. Essa única entidade, a corda, responderia, portanto, pela ampla variedade de partículas existentes na anatureza e explicaria as forças por ela regidas.

 

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Brincar representa uma parte importante do processo criativo. Pelo menos para alguns cientistas. É difícil conserva isso à medida que vamos envelhecendo. Brincamos menos. Mas não devíamos ser assim.

 

 

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Tchaikovski: “O germe da futura composição chega súbita e inesperadamente. Se o terreno é fértil...”

Mary Shelley: “A invenção não consiste na criação em meio ao vácuo, mas em meio ao caos...”

Stephen Spender: “Não há nada que imaginemos que nós já não saibamos. E nossa capacidade de imaginar é a capacidade que temos de nos lembrar dquilo que já vivenciamos e aplicá]lo a uma situação diferente.”

 

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Em “Zen e a arte da manutenção de motocicletas”: “O homem procura formar para si mesmo, da maneira que lhe é mais conveniente, uma imagem compreensível e simplificada do que é o mundo, para então dominá-la... Ele faz desse cosmo e da sua construção o eixo central da sua vida emocional para assim poder alcançar a paz e a serenidade que não encontra no redemoinho da sua experiência pessoal.”

 

122

Feynman: “Lembre-se, a idéia é a gente se divertir.”

 

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Como sou uma pessoa integrada, não consigo dizer, por exemplo, se é o meu ceticismo que faz com que eu me interesse pela ciência ou se a ciencia é a razao do meu ceticismo.

 

Às vezes é bom conhecermos a nós mesmos, mas às vezes não. Quando rimos de uma piada, se pensarmos um pouco sobre aquilo de que rimos, vamos acabar percebendo que, afina, aquilo não era tão engraçado , ela idiota, então paramos de rir. Não devemos pensar sobre aquilo. Minha regra é: quando estiver infeliz, pense a respeito. Mas quando estiver feliz, não pense. Para que estragar? Provavelmente você está feliz por algum motivo ridículo e, ao perceber isso, estragará tudo.