ANOTAÇÕES DE

OS GRANDES EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS

 

Autor: Michel Rival

Editora: Jorge Zahar Editor – 1997

 

“Os elétrons, cujo número aumenta quando se sobe na lista dos elementos, se organizam por camadas sucessivas. Assim, a primeira camada comporta no Maximo dois elétrons; para o hidrogênio, há apenas um; a primeira camada não é pois saturada, daí a atividade química do hidrogênio; mas, para o hélio, há dois elétrons e a primeira camada é saturada, o que explica o caráter inativo desse gás e dos outros gases raros, que corresponderão todos a camadas sucessivas saturadas. Se, a partir dessa primeira camada, continua-se a introduzir elétrons, o primeiro elemento que se encontra é o lítio, cujo número atômico é 3, sua primeira camada saturada contém dois elétrons e o terceiro vai constituir o início da camada seguinte: o lítio será pois um pouco como o hidrogênio, do ponto de vista químico, pois ele tem um elétron livre, mas contém uma camada saturada que o hidrogênio não tem. Do ponto de vista dos seus apetites químicos, é o elétron exterior que desempenha um papel, e esse elemento apresentará caracteres análogos aos do hidrogênio: será um alcalino. (...)

Concebe-se muito bem que, quando um átomo possui camadas saturadas, não tem vontade de associar-se a outros átomos, e deve-se chegar a um gás inerte. Ao contrário, quando um átomo possui, além de uma camada saturada, um elétron suplementar, terá necessariamente um apetite químico considerável e  pertencerá à família dos alcalinos. Encontram-se, graças às camadas, os caracteres de periodicidades químicas que foram notadas de um ponto de vista puramente experimental e traduzidas na tabela periódica.”

 

A teoria da relatividade restrita postula que nada no universo pode estar em repouso absoluto ou em deslocamento absoluto. Já que não existe mais referencial absoluto, todos os valores – espaço, tempo, massa – são relativos ao estado de movimento do observador.

 

“A matéria sólida, as mesas, as cadeiras, as pedras e até nós, somos essencialmente constituídos de nada”, escreveu David Wilson. “A unidade de base da matéria, o átomo, consiste em algumas partículas que orbitam naquilo que é, na escala das partículas, uma imensidade espacial...”

 

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Leis da hibridação que dizem existir determinantes preciso do caráter aparente, como a cor das pétalas, ou o caráter rugoso ou liso da pele. Os determinantes ditos dominantes são mais aptos a serem herdados, enquanto os determinantes recessivos o são menos. Além disso, essas leis estipulam que a transmissão desses determinantes se faz segundo uma taxa matematicamente definida, e logo previsível, com igual contribuição do pai e da mãe, e que a segregação dos determinantes de um caráter se faz independentemente da do outro.

 

A teoria cromossômica da hereditariedade enuncia a persistência dos cromossomos entre as mitoses (divisão da célula viva), a ação da hereditariedade pelos cromossomos, a individualidade de cada cromossomo, e a herança, em estrita igualdade, dos cromossomos paterno e materno pela descendência.

 

Em 1908 começou o trabalho em laboratório com a mosca drosófila (Drosophila melanogaster; uma espécie com uma taxa de reprodução extremamente rápida).

 

 

No momento da miose, ocorre uma troca de segmentos de cromossomos homólogos, que permite a recombinação dos genes que lhes são ligados. Essas trocas aleatórias de segmentos cromossômicos provocam a “mistura genética” que é observada nos indivíduos.

 

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“Todos os planetas descrevem em torno do Sol órbitas elípticas, das quais o Sol ocupa um dos focos”. O ponto da órbita mais próximo do Sol é o periélio e o mais afastado é o afélio.”

 

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A “marca” é o instinto que leva um animal recém-nascido a se apegar ao primeiro ser vivo que encontra. Trata-se, para retomar a expressão do próprio Lorenz, de “um processo de aquisição que liga o comportamento a um objeto determinado”. Inicialmente, ele foi identificado por Oskar Heiroth, professor de Lorenz, no ganso cinzento. Heinroth observou que, se o filhote de pato foge dos seres humanos logo depois da eclosão – de tal modo que essa capacidade devia ser ou inata ou herdada - , o filhote de ganso “olha calmamente os seres humanos e não se recusa a ser pegado. Não considera absolutamente os gansos adultos como seus congêneres, mas em contrapartida acha que o ser humano é um parente.” E Heinroth acrescentou que os filhotes de ganso recém-nascidos saíam do ovo “com a intenção de imprimir no primeiro ser que vissem a imagem parental”.