COMÉRCIO ELETRÔNICO

A CONVENIÊNCIA VIRTUAL

 

 

A viabilidade do comércio eletrônico está em que a rede é grande e mundial, mas nossa necessidade é pequena e municipal. Ou seja, nós, cidadãos do dia-a-dia, queremos utilidade. Mas por enquanto, o comércio eletrônico ainda é uma irrealidade... virtual. Na verdade está no imaginário de alguns “interessados” no assunto: revistas, suplementos de informática, livrarias e editoras, lojas de CD, sex shops e um ou outro segmento a mais.

 

Mas o comércio eletrônico será uma virtual realidade, não há dúvida. Superados alguns obstáculos, esta forma de comprar e vender produtos e serviços em pouco tempo responderá por 50% de todas as transações realizadas no mercado de consumo.

 

Por que tanta certeza? Bem, vamos ver alguns dados.

 

O que estimula as empresas a empregar novos processos é a redução de custo. Tudo o que se propõe a fazer o mesmo (ou ainda melhor) a um custo mais baixo é logo aceito e implantado. Este é o caso do comércio eletrônico. Vejamos os dados que o setor bancário nos fornece.

 

Custo das transações bancárias (em dólar):

 

Agência bancária: 1,08

Telefone: 0,54

CD-ROM (home banking): 0,28

Web: 0,13

 

Fonte IBM

 

Olhando para os dados acima, você tem alguma dúvida quanto ao futuro deste negócio? Tem? Então vamos verificar algumas características do mercado de rua e do webmercado (o mercado de consumo no espaço virtual).

 

1.  No mercado, o ponto de venda se restringe a uma área geográfica enquanto no webmercado o PDV está onde o consumidor está.

2.  O webmercado elimina intermediários. Quem precisa de um quando se pode vender diretamente ao consumidor?

3.  A web facilita o acesso a informações e o estabelecimento de comparações.

4.  Com o processo de compra padronizado e monitorado por cliques, será o fim da espécie “vendedor mal-humorado” e/ou “mal-educado”.

5.  O webmercado permanece aberto 24 horas por dia, 365 dias por ano (em tese).

6.  Conforto. Tudo sem sair de casa.

7.  Privacidade. Longe dos olhares alheios.

 

Com tantas vantagens, porque o comércio eletrônico ainda não ganhou força? Já ganhou, em nichos específicos, exatamente onde estas vantagens foram mais rapidamente evidenciadas (sex shops, por exemplo) e onde, portanto, as desvantagens perderam importância.

 

Onde estão as desvantagens? O comércio eletrônico depende de um sistema seguro de realizar as transações e precisa oferecer algumas garantias:

 

1.  Confidencialidade - garantir que cada parte receba apenas a informação que lhe diga respeito.

2.  Integridade - garantir que o conteúdo da mensagem não seja alterado e se o for que a transação seja cancelada.

3.  Autenticidade - garantir que as partes são quem dizem ser.

4.  Interpretabilidade - garantir que o protocolo do sistema será reconhecido por todos.

 

Sistemas para atender a estes 4 itens estão sendo desenvolvidos, testados e implementados pelas principais empresas de cartão de crédito, as maiores interessadas nesta questão. Mas nenhum sistema de segurança é totalmente seguro. Se houver alguém determinado a entrar, vai entrar e, por esta razão, um sistema para ganhar a chancela de “seguro” pelo consumidor, precisa apresentar duas outras características:

 

1.  Monitorabilidade - garantir que, se alguém entrar, será percebido e identificado.

2.  Cobertura - garantir que qualquer prejuízo ao consumidor (se houver) estará coberto por um seguro de transações comerciais eletrônicas (automaticamente, sem maiores aporrinhações).

 

Como não é impossível satisfazer qualquer destes itens, o crescimento do webmercado é inevitável pois:

 

·      é o canal de vendas com a melhor relação custo/beneficio

·      apresenta a possibilidade de comparar as várias ofertas disponíveis muito mais facilmente

·      a compra é realizada mais rapidamente

·      mais comodamente

·      totalmente privada

·      mais segura

 

Ainda não é, mas no futuro, comprar pela web será muito mais CONVENIENTE!

 

Rio, novembro de 1997