NOTAS DE: A MARCA HUMANA

Autor: Philip Roth

Ed. Companhia das Letras – (2000/2009/2021)

 

 

Spooks: Fantasma

 

Sei que a coisa que nos dá uma vida nova pode acabar nos matando. Sei que todos os erros que a gente comete quase sempre têm um estopim sexual.

 

A sexualidade [é] essa contaminação redentora que desidealiza a espécie humana e nos lembra constantemente de que não passamos de matéria.

 

Não à tirania do nós, aaquela conversa do nós, a tudo aquilo que o  nós quer empilhar sobre sua cabeça. Não, jamais a tirania do nós, sempre louco para traga-lo, aquele nós moral coercitvo, agrangente, histórico, inevitável, com seu insidioso E pluribus unum [dentre muitos, um].

 

Tudo o que ele sempre quisera, desde pequeno, era ser livre: não negro, nem mesmo branco – simplesmente independente e livre.

 

Como é fácil a vida virar para um lado em vez de virar para o outro, como é acidental o destino de uma pessoa...

 

A liberdade é perigosa. A liberdade é muito perigosa. E nada é exatamente como você quer durante muito tempo.

 

Intelectual não pode ser frívolo. Vive para pensar. A lavagem mental que sofreram pode te-los tornado agressivamente marxistas ou agresssivamente antimarxistas, mas, qualquer que seja o cão, têm um horror congênito a tudo o que é americano.

 

[Narratologia]

 

Nossos alunos são de uma ignorância abissal. A formação deles é de uma ruindade inacreditável. Eles levam uma vidda marcada pela esterilidade intelectual. Eles chegam sem saber nada, e a maioria deles vvai embora sem saber doisa alguma. (...) O grau de conecimento desses alunos é, sacou, tipo assim, zero.

 

O que está por trás da anarquia da sequencia de eventos, as incertezas, os infortúnios, a incoerência, as irregulaaridades chocantes que definem os assuntos humanos? (...) O que sabemos é que ninguém sabe nada. Não se pode saber nada as coisas que você sabe você não sabge. Intenção? Motivo? Consequência? Significado? É surpreendente, quants coisas desconhecemos.

 

O que é que muda? Ele lê para mim uma noticia sobre as escapulidades do Bill Clinton em Washington, sobre a moça que paga boquete pra ele. Que diferença isso vai fazer pra mim quando meu carro pifar de vez? Você realmente acha que isso é que é importante no mundo?

 

[Ela sabia que] Nenhum deles iria ler para ela nenhuma notícia do New York Times. Nenhum deles ia tentar lhe ensinar a história da humanidade nos últimos três mil anos. Ela já sabia tudo o que precisava sabger a respeito da história da humanidade: os implaváveis e os indefesos.

 

A marca humana [é o que] nós deixamos, uma trilha, um vestígio. Impureza, crueldade, maus-tratos, erros, excrementos, esperma – não tem jeito de não deixar. Não é uma questão de desobediência. Não tem nada a ver com graça nem salvação nem redenção. Está em todo mundo. Por dentro. Inerente. (...) A busca da purificação não passa de mais impureza.

 

As pessoas (...) agem voluntariamente como se não soubessem. Basta fazer a acusação que ela está provada. Basta ouvir a alegação para que se dê crédito a ela. Não é preciso encontrar uma motivação para o perpetrador, não é preciso que haja nenhuma lógica nem razão. Gasta um rótulo. O rótulo é a motivação. O rótulo é a prova.

 

O coração da treva humana é inexplicável.

 

A verdade a nosso respeito é infinita. Tal como a mentira.

 

Denunciado pelos pretensiosos, escorraçado pelos santarrões – e por fim exrerminado por um louco furioso. Escomungado pelso salvos, pelos eleitos, pelos eternos evangelistas dos costumes do momento, e por fim eliminado por um demônio implacaval.

 

O perigo do ódio é que, depois que começa, você acaba chegando a uma coisa cem vezes maior do que você queria. Ddepois que você começa, não tem como parar. Não conheço nada mais difícil de parar do que o ódio. É mais fafcil parar de beber que dominar o ódio. O que não é pouca coisa, não.

 

A cada dia que passa as palavras que eu ouço as pessoas dizendo me parecem ter menos a ver com as coisas que elas representam.

 

Hoje o aluno afirma sua incapacidade como um privilégio.

 

Só se pode controlar a vida até certo ponto.